sexta-feira, 21 de junho de 2013

Hiperatividade

Por Clécio Carlos Gomes

A hiperatividade, até a década de oitenta, era um diagnóstico, eminentemente, atribuído à infância e à adolescência. A partir desse período, a escola americana passou a pesquisar e identificar que sua sintomatologia também era percebida no público adulto, independentemente da idade. Atualmente, as atenções para esse quadro são voltadas para a população em geral, sabendo-se que seu início de manifestação ocorre ainda na primeira infância e tendo ampla possibilidade de se estender ao longo de toda a vida. Existem dois critérios para o diagnóstico que fundamentam o perfil da hiperatividade.

O paciente que manifesta esse quadro apresenta uma agitação psicomotora, interpretada como inquietude e falta de sossego, assim como uma aceleração dos processos de pensamento, o que defino como uma hiperatividade do funcionamento mental. Essa rapidez na dinâmica tende a afetar a função da atenção, fazendo-o disperso e inapto para centrar e direcionar seu foco em estímulos específicos, desprendendo-se de interações mais consistentes com as coisas, objetos e até outras pessoas.

Tem dificuldade em prestar atenção em atividades essenciais do dia a dia, inclusive as de lazer e lúdicas. Dá a impressão de não interagir dentro de um patamar adequado, repassando a sensação de não ouvir aquilo que lhe é dito. Tem o perfil de começar as coisas, porém, com grande dificuldade para concluí-las. Os processos de organização e planejamento de tarefas é bastante deficitário, justamente por não conseguir se ater a elementos essenciais para o procedimento. Distrai-se com frequência e por qualquer tipo de estímulo, tanto interno como externo e por isso é inábil para reter e evocar situações corriqueiras e essenciais dentro da rotina. 

Clécio Carlos Gomes (CRP 12/01350) é bacharel em Psicologia, 
especializado em Psicopatologia, Psicologia Clínica e Terapia 
Sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade
 Humana (SBRASH). 
Apresenta agitação motora das extremidades de membros superiores e inferiores, mãos e pés,  respectivamente. Não consegue permanecer parado por muito tempo num mesmo lugar. No caso de crianças, de permanecerem sentado em suas carteiras nas salas de aula. Vive acelerado, como se estivesse correndo o tempo todo de alguma coisa ou para algum destino não especificado. Sua incapacidade para envolver-se ema atividades lúdicas ou sociais é visível. Fala muito e aceleradamente. É impulsivo e atua de maneira precipitada. E tudo isso gera um importante prejuízo no seu funcionamento global.


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