Inscrições até o dia 02 de julho de 2013, confirme já sua participação!!!
sexta-feira, 28 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Fortaleza de Santa Cruz: história, proteção ambiental e mistérios na Ilha
Matéria publicada no blog - produzida
pela estudante do 7° ano Ana Maria Campos, da EMEB Izidoro Marin sob orientação
dos professores Luiz Antônio Goulart e Sonia Marisa Silva, para o Concurso
Maratona do Conhecimento – Estudante Repórter.
A Área de Proteção
ambiental do Anhatomirim ocupa uma área de 4.612 hectares, sendo 2.648 em área
marinha e 1.964 em área terrestre. A APA foi criada em maio de 1992 por Decreto
Federal. O objetivo é preservar a sobre vivência do golfinho-cinza, que
encontrou ali seu local de alimentação e reprodução. Faz parte da área ainda, a
Mata Pluvial Atlântica. Além de fontes hídricas que servem para sobrevivência
das comunidades de pescadores artesanais da região. Os golfinhos-cinza são
encontrados apenas na costa leste da América Latina, desde a Nicarágua até o
sul do litoral brasileiro. Na Baía Norte no estado de Santa Catarina,
encontramos uma pequena ilha que abriga a Fortaleza de Santa Cruz, construída
em 1739.
O nome vem do idioma tupi-guarani e pode significar “pequena toca do diabo”. Os índios acreditavam que o lugar era
mal assombrado, devido aos massacre ocorridos no passado. Na fortaleza existe
um túnel com saída para o mar e segundo do historiadores, os massacres ocorriam
ali.Um grupo de alunos do Programa Mais Educação da EMEB Izidoro Marin, visitou
o local no dia 24 de maio. Observaram as belezas naturais, a história e viram
de perto a qualidade da preservação ambiental. Os casarões nos remetem a um
Brasil do início da descoberta, das colônias, do império. A fortaleza abrigou a
primeira residência oficial. Estes prédios estão abertos para visitação e são
bem preservados. É indispensável que a
visita seja acompanhada por um guia especializado.
A missão dos homens que viviam na
fortaleza na época era impedir a entrada dos espanhóis na ilha. No entanto, os
canhões que estão até agora ali, não disparam um tiro sequer, pois os invasores
utilizavam entradas alternativas para despistar os soldados da fortaleza. O
visitante pode observar ainda o estilo de construção da época, onde no reboco
utilizava-se óleo da baleias e outras ligas. A APA do Anhatomirim é um espaço
onde os recursos naturais são protegidos em função da sua importância
ecológica. Na ilha há um certo grau de ocupação humana, mas com deveres ecológicos
e culturais importantes e definidos.
Passeio de escuna dá mais charme ao passeio
Para chegar até a
ilha, é preciso agendar a viagem. Feitas por barcos piratas, bem
caracterizados. A saída fica num trapiche na praia de Canasvieiras e dentro dos
barcos há várias atrações, que vão desde música, encenações e até atores
vestidos de pirata que vez em quando surgem sem a gente menos esperar. No mais,
uma coisa é certa: será difícil esquecer este passeio pelo tempo e rodeado de
belas paisagens e acima de tudo, muito bem preservadas.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Hiperatividade
Por Clécio Carlos Gomes
O paciente que manifesta esse quadro apresenta uma agitação psicomotora, interpretada como inquietude e falta de sossego, assim como uma aceleração dos processos de pensamento, o que defino como uma hiperatividade do funcionamento mental. Essa rapidez na dinâmica tende a afetar a função da atenção, fazendo-o disperso e inapto para centrar e direcionar seu foco em estímulos específicos, desprendendo-se de interações mais consistentes com as coisas, objetos e até outras pessoas.
Tem dificuldade em prestar atenção em atividades essenciais do dia a dia, inclusive as de lazer e lúdicas. Dá a impressão de não interagir dentro de um patamar adequado, repassando a sensação de não ouvir aquilo que lhe é dito. Tem o perfil de começar as coisas, porém, com grande dificuldade para concluí-las. Os processos de organização e planejamento de tarefas é bastante deficitário, justamente por não conseguir se ater a elementos essenciais para o procedimento. Distrai-se com frequência e por qualquer tipo de estímulo, tanto interno como externo e por isso é inábil para reter e evocar situações corriqueiras e essenciais dentro da rotina.
Clécio Carlos Gomes (CRP 12/01350) é
bacharel em Psicologia,
especializado em Psicopatologia, Psicologia Clínica e
Terapia
Sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade
Humana (SBRASH).
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quinta-feira, 20 de junho de 2013
A Boa Semente
Coronel PM Zinder José Guedes Cardoso / Comandante da 2ª RPM
Vivemos em um mundo
conturbado, em um processo cultural contemporâneo que valoriza quase sempre o
status pessoal, por aquilo que simplesmente nós temos, fruto da busca de uma
colocação social, que nós entendemos ser importante, para termos aceitação e
determinado poder, nos distinguindo do outro, sendo uma célula única neste
grande universo criado por Deus.
Quando nós nos apegamos ao
ter, agregamos sentimentos e valores que são à base de nossa conduta, buscando
sempre alicerçar a vida na conquista e no acúmulo de referências ou coisas, o
importante nesse processo é ter, independente do ser, reforçado quase sempre pelas
mídias/redes sociais, onde nos impulsiona a sonhar com aquilo que é custoso ter
ou nos reprime por reforçar a distância em poder ter.
O problema é que a semente
que germina nesta linha de pensamento, não inclui as frustrações e como
gerencia-las, pois o foco é só em ter, abrindo possibilidades para problemas de
saúde de ordem física, mental e espiritual.
Quais são os mais afetados?
Em minha opinião os adolescentes.
São aqueles que estão em
fase de transição, física, psicológica e espiritual, vulneráveis, pois nem
todos terão condições de terem aquilo que é cultuado, quase sempre em nossa
sociedade e vendidos nas grandes empresas de propagandas das mídias
tecnológicas de informação.
Nos meus trinta e três anos
de serviço prestados a Polícia Militar, com vários cursos na área de prevenção
a drogas, tenho o entendimento que uma das bases que motivam ao consumo de
drogas, é a frustação do jovem ou do jovem adulto, em querer ter e não poder
ter, se desmotivando, diminuindo a sua perspectiva, que se não apoiado pela
família, a tendência é ser abraçado pelo tentador “Traficante”, o oportunista dos
aflitos.
Neste caso a planta seca, ou
a árvore não dá bons frutos, pela semente ter sido semeada em terra árida. A
aridez da terra que aqui é representado pela “Alma”, faz com que este sujeito
em formação procure subterfúgios como âncoras da motivação, como por exemplo:
álcool, cigarro, maconha, crack, cocaína ou outras drogas, que tem a falsa
sensação de bem estar.
Esta falsa sensação é
cobradora, ou seja, ela cobra o que o Jovem tem de mais precioso, a sua
liberdade, ficando preso a um comprimido, pó, pedra, cigarro, líquido, para ser
feliz, coisas malignas e milhares de vezes menor que este jovem, mais com o
poder da sedução, destruído tudo ao seu redor, principalmente a sua dignidade e
família.
Mais Deus nos possibilitou a
reconciliação, através do perdão e seu filho Jesus Cristo a ressurreição ou
seja, nós podemos e temos o poder de mudar o rumo de nossas vidas, é só
acreditar que somos capazes de fazê-lo “voltar a ser livres”.
Então! A saída é trabalharmos
para que os nossos jovens sejam alicerçados no pensamento do “SER”, ou seja, a
Boa Semente.
Ser bom, ser leal, ser
amigo, ser um bom cidadão, ser livre para escolhas saudáveis, focadas em princípios
sociais que lhe faça bem independente do ter, não importa mais neste processo só
coisas materiais.
Quando focamos a vida em
boas escolhas e no ser, conseguimos superar as atribulações, porque vem do
nosso íntimo “Coração” e não das Drogas, do beber para criar coragem ou ser
feliz, da maconha para esquecer os problemas ou se enturmar, fumar Crack para
ficar maluco ou doidão, fumar cigarro para demonstrar sua maturidade e tantas
outras idiotices.
Longe dessas coisas que nos
fazem mal fisicamente e espiritualmente, criamos uma nova perspectiva de vida,
fincamos a nossa história nesta sociedade que precisa de mais jovens focados no
ser do que no ter.
Finalizo com as palavras do
Padre Fabio de Melo aqui em Lages na Festa do Pinhão, “Para que a vida seja
bonita devemos cuidar do nosso Jardim”.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Estudantes Repórteres conhecem funcionamento da parte gráfica do jornal
Olhares atentos e curiosos para cada detalhe da parte
gráfica do jornal foi assim à tarde dos estudantes repórteres. No primeiro
encontro tiveram a oportunidade de ouvir jornalistas e visitar a redação. Desta
vez, conheceram a diagramação, pré-impressão e impressão do jornal.
Eles participam do Concurso Maratona do Conhecimento –
Estudante Repórter, promovido pelo Instituto José Paschoal Baggio, por meio do
programa Lendo e Relendo. Já estão produzindo notícias que são veiculadas no
CL, no Portal CLmais, no Blog e Facebook do programa.
“Nossa que legal, não imaginava que fosse assim” disse a
estudante Evelin da EMEB Nossa Senhora da Penha ao ver as páginas do jornal
sendo pré-impressas nas chapas de alumínio. A Assistente Pedagógica do Programa, Barbara Zanoni, destaca
que “depois que eles conhecem todo o processo de produção percebemos que há uma
maior valorização e cuidado com o jornal”.
No encontro cada um recebeu também uma camiseta com a
identificação do concurso.
O Concurso tem como objetivo estimular o pensamento crítico
dos estudantes, na busca de situações de seu cotidiano por meio da construção
de matérias jornalísticas.
Confira as fotos:
O GUARDADOR DA HISTÓRIA SERRANA
Matéria no Blog produzida pelo estudante Thiago Araújo Soares dos Santos da EBM Marechal Rondon sob orientação do professor Maycon Israel Velho.
Danilo
Thiago de Castro (1919-2006), o fundador do museu “Thiago de Castro” desde cedo demonstrou interesse em guardar “coisaradas”,
aos 17 anos de idade seu passatempo era juntar objetos pessoais, ninhos de
passarinhos, pedras, animais conservados em formol dentre outros.” Inicialmente
ele batia de porta em porta, em busca de “velharia”, quando encontrava algo que
interessava, oferecia-se para guardar e foi assim, que mais tarde, ficou
conhecido pelo seu hobby e muitas pessoas
o procuravam oferecendo-lhes relíquias para que guardasse, aos poucos, foi ampliando seu acervo e o que no inicio era só uma brincadeira, com o
passar do tempo, virou uma pequena coleção de fotos e objetos, guardados em sua
própria residência, chegando ao que é hoje, um museu que conta com um acervo
que é referência em Santa Catarina” relata um dos funcionários do museu.
Os
relatos dos funcionários deste museu fazem saber como aconteceu essa trajetória
que veio a público no ano de 1960 quando Danilo foi convidado a expor seus
“guardados” como parte das comemorações da elevação de Lages a categoria de cidade. O fato
aconteceu no clube 14 de junho com presença de autoridades, a sua coleção fez
tanto sucesso que chegou num total de 4.224 visitantes em apenas uma semana.
Mas tudo isso era só o começo, pois em Junho do mesmo ano, sua coleção
particular passou a ser considerada, por lei municipal, utilidade pública.
O
museu foi inicialmente instalado em um sobrado do pai de Danilo. No ano 1981 porém,
acaba fechando as portas, assim permanecendo até 1984, devido a dificuldades em
sua manutenção. Em 1993 o museu fecha as portas novamente até que em dezembro
de 1996 reabre, e um espaço adequado para colocar o acervo, o antigo Fórum
Nereu Ramos que logo após ter passado por reformas, e adaptações tornou-se a
sede oficial do museu, onde permanece até hoje.
É
inegável a contribuição e a importância deste espaço cultural, não só para a
cidade de Lages, pois o Museu Thiago de Castro, há mais de 60 anos é guardião da história da região
serrana oferecendo ao seus visitantes a oportunidade de conhecer ou relembrar
fatos, objetos, histórias, fotos, enfim o registro da formação cultural do seu
povo. Chama atenção o acervo documental, no qual é possível encontrar registros
de fatos e datas importantes da história de região, como por exemplo, o
primeiro exemplar do jornal Correio Lageano.
O
Museu está aberto a visitação de terça à
sexta-feira das 8:30 as 12:00 e das 13:30 as 17:30 horas e também no último
sábado de cada mês das 09:00 as 12:00 horas.
Atendimento a pesquisa a agendamento de visitas pedagógicas podem ser
feitas pelo e-mail: mhtc_lages@yahoo.com.br ou pelo celular: (49) 9924-1773 c/ Carla.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Sesc seleciona estudantes para Ensino Médio no Rio de Janeiro
São oito vagas para Santa Catarina; pré-inscrições vão até 14/06
O Serviço Social do Comércio (Sesc) abriu as
inscrições para o processo seletivo da Escola Sesc de Ensino Médio – ESEM, que
fica no Rio de Janeiro. São oito vagas para Santa Catarina e os alunos que
ingressarem vão iniciar os estudos a partir do ano que vem, com bolsa integral
para os três anos do Ensino Médio. Os interessados deverão preencher ficha de
pré-inscrição pelo site queroestudarnaescolasesc.com.br/ até
dia 14 de junho.
O processo admissional inclui prova objetiva, prova
de redação e entrevista, conforme o edital disponível em escolasesc.com.br.
Podem concorrer às vagas estudantes que concluam o ensino fundamental neste ano,
nascidos entre 1º de janeiro de 1998 e 31 de dezembro de 2000. A ESEM é uma
escola residência destinada a jovens de ambos os sexos, que residem em uma
comunidade escolar voltada para o desenvolvimento do conhecimento de
excelência. A bolsa integral cobre as despesas com instrução, material
didático-pedagógico e hospedagem com alimentação. No total, serão 159 vagas
distribuídas para todo o território nacional.
SERVIÇO:
O quê: Seleção para Ensino Médio Sesc
no Rio de Janeiro
Quando: até 14 de junho (18h)
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Animais de Estimação - Responsabilidades e Deveres
Já se sabe o quanto é
prazeroso ter um animal de companhia, mas além de nos encherem de alegria eles
nos trazem também responsabilidades.
Ao optar em ter um novo
“membro” na família faz-se necessário ter conhecimento de alguns cuidados e
deveres a serem tomados com o mesmo.
O primeiro passo é obter
informações sobre as características e necessidades da espécie/raça pretendida.
A escolha deverá estar de acordo com o seu temperamento e estilo de vida, assim
como, com o tamanho do local onde o animalzinho ficará alojado (o espaço deverá
ser compatível ao seu porte e necessidades de exercício). É importante também
certificar-se que as outras pessoas que irão conviver diariamente com o animal
estão de acordo e dispostas a participar ativamente nos cuidados com ele.
Se a escolha for mesmo ter
um animal de companhia os seguintes cuidados deverão ser tomados:
·
Alimentação: Forneça alimentos
apropriados a espécie e raça. Adultos devem ser alimentados duas vezes ao dia e
filhotes de quatro a seis vezes ao dia. Mantenha sempre água limpa e fresca a
disposição.
·
Abrigo: o cão deve ter abrigo
confortável, protegido do sol, chuva e vento. Os gatos preferem dormir em
lugares altos.
·
Cuidados Médicos: os animaizinhos precisam
ir ao médico veterinário para serem vermifugados e vacinados. O ideal é levar o
seu amigo pelo menos uma vez ao ano para consultar, ou sempre que ele adoecer.
Nunca administre medicamentos humanos, pois os cães e gatos são mais sensíveis
a alguns remédios, podendo ate morrer.
·
Atividades Físicas: os animais necessitam de
exercícios físicos diariamente. Durante o passeio sempre utilize coleira e
guia. É segurança para o animal e para as pessoas. Se o animal for bravo
utilize também a focinheira.
Castração: o animal castrado vive
melhor, tem menos propensão a algumas doenças e fica mais dócil, além de
contribuir para diminuição da superpopulação de animais no município.
·
Registro geral animal: consiste na aplicação de
um microchip no dorso do animal. Sua aplicação é simples e garante a
identificação do seu amigo, caso ele se perca, ou seja, roubado.
“Manter um animal implica
muitos gastos. Certifique-se de que sua situação financeira permite comportar
os custos que terá com o mesmo.”
Ser responsável é caminho
mais correto e justo para a convivência com os animais de estimação!
Geanice Ledo
Médica Veterinária formada em 2008 pela Universidade
do Estado de Santa Catarina.
Atua como veterinária e responsável técnica do Centro de Controle de Zoonoses desde 2009.
Atua como veterinária e responsável técnica do Centro de Controle de Zoonoses desde 2009.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
A Boa Escola Forma a Consciência Ecológica
Se pensarmos a ecologia como um tema transversal, todas as disciplinas
poderão colaborar para esta formação no decorrer dos anos letivos. Não se
trataria, portanto, de um trabalho da disciplina de ciências ou biologia, mas
de todos, conforme os vários enfoques indicando o quão complexa é a questão. A
pior maneira de lidar com este tema é querer transformá-lo em mais uma disciplina
ou querer circunscrevê-la tão somente à biologia, como um capítulo a ser
estudado em algum ano escolar.
Atividades que envolvem toda a comunidade educativa podem despertar
interesse, movimentam os alunos e as famílias e despertam os mais acanhados para
uma realidade. Coordenei na década de oitenta uma atividade com a colaboração
de alguns professores, apelidado de “verde perto” por um dos mais interessados
professores que lecionava geografia.
Organizamos uma competição entre todas as turmas de todas as séries do
quinto ano do ensino básico até o terceiro ano do ensino médio. Objetivando
envolver os alunos, professores e famílias o trabalho era iniciado com uma
limpeza dentro das próprias casas, onde os filhos e pais recolhiam latas de
bebidas, sacolas plásticas, garrafas de refrigerantes e outros líquidos e pets
de todas as espécies e tamanhos. As latas podiam ser vendidas, os vidros
entregues para reciclagem, dado que o vidro fabricado a partir de material
reciclado acaba sendo reduzido em 50% de seu custo. O mesmo acontece com as
sacolas de plástico. Dentro da escala de pontos conforme o planejamento
apresentado somavam-se os resultados de cada série com o objetivo de reunirmos,
ao final, um grupo correspondente à lotação de dois ônibus para uma excursão
orientada ao Parque Nacional do Itatiaia.
Durante um mês este projeto envolveu toda a escola, a entrada dos alunos
era um momento de descarregamento de muitos objetos dos carros dos pais que
ajudavam a transportá-los. Todos estavam envolvidos, alguns professores
aderiram ao projeto e solicitavam redações dos alunos, outros comentavam o que
era possível nas aulas de química e biologia. Os professores de ciências e
geografia faziam o mesmo. Uma professora de língua inglesa trabalhou textos
nessa língua com a respectiva interpretação de texto tratando de algum assunto
ecológico e sua repercussão na saúde das pessoas.
Como os temas transversais acabam desaguando em aspectos
interdisciplinares e como convivíamos com uma inflação elevada, todas as
arrecadações foram transformadas em divisa monetária, a moeda nacional trocada
por dólares o que motivou entre os alunos um apelido para o projeto: em vez de
“verde perto” para “verdinhas perto”.
Mas, nem tudo são flores. Tivemos de conviver com uma série de
dissabores, sobretudo daquelas pessoas que não conseguem ver o conjunto de um
trabalho e seus principais objetivos, preferindo que nada se faça para
preservar, por exemplo, a beleza colonial do prédio da escola, como que
maculado pelas pilhas de pets e os sacos de lata. Parece-me que alguns àquela
época não viam a nobreza clássica nestas ações exatamente porque quebravam as
configurações dos espaços vazios que não transmitiam ensinamentos a não ser de
uma falsa nobreza distanciada da realidade da vida e do próprio ensino. Também
conseguimos superar estes tipos de comportamento, seja trocando os locais do
recolhimento dos materiais, embora o visual, mesmo assustador, tivesse um
objetivo: chamar a atenção para a necessidade de se avaliar as questões que
envolviam um cuidado ecológico maior.
Ao final, os vidros encaminhados para um asilo serviram para que aquela
casa de atendimento a idosos pudesse trocá-los por máquinas de lavar roupa,
compondo a lavandaria que fora construída por um clube de serviço. Tudo foi
encaminhado, aproveitado e o envolvimento parecia educar pais e filhos,
despertando entre os professores uma preocupação dentro das possibilidades de
cada disciplina para alertar sobre o problema.
O projeto teve sua culminância com a excursão ao Parque nacional do Itatiaia
com a presença de professores e alguns pais. Mas, para que serviria tudo isso,
se nos reportarmos ao século XXI? Serviria para alertar a todos para o fato da
humanidade estar consumindo mais do que a terra é capaz de produzir e para que
se tome consciência dos estragos ambientais que elementos não biodegradáveis
possam causar. O
cuidado que, na prática, é o desenvolvimento de uma ética do cuidado passa a
ser vivenciado com essas práticas. Não se trata, apenas, de entender os
problemas teoricamente e, sim, senti-los a partir da própria casa. Afinal,
ecologia vem da palavra grega “oikos” que significa, exatamente, casa.
O mais importante, numa escola é que este tipo de projeto vivenciado a
cada dia faz ressurgir o sentido mais antigo de escola, nome de origem grega,
“scolé” que nada tem de semelhante com as nossas escolas. “Scolé” na língua
grega antiga significa lugar do sonho e, provavelmente, muita coisa não seja
feita dentro das escolas pela perda desse sonho vivificador.
Professor Hamilton Werneck
Pedagogo, escritor e palestrante.
É doutorando, pós-graduado em educação,
pedagogo e professor do ensino superior reconhecido pelo CFE. Autor de 26
livros publicados, alguns já traduzidos para o espanhol e inglês, e com 9 DVDs
educativos, Hamilton Werneck já realizou mais de 1.950 conferências em todo o
Brasil envolvendo colégios, secretarias de educação, sindicatos patronais e de
classe e universidades. Pertenceu,
como conselheiro, de conselhos municipais e do Conselho Estadual de Educação do
Estado do Rio de Janeiro e atualmente é Membro da Academia de Letras de Nova
Friburgo. Foi também Secretário de educação do município de Nova Friburgo - RJ,
e escreve para sites educacionais, revistas e jornais especializados, como a
revista Profissão Mestre, fazendo parte também de seu respectivo Conselho
Editorial. Atualmente
trabalha na Universidade Candido Mendes.
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