quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Festa do Pinhão está aí, você sabe como ela começou?


Foto: Barbara Zanoni
Todo ano, na época do feriado de Corpus Christi, a cidade de Lages ganha novo cenário, a Festa Nacional do Pinhão, que tornou-se um evento de referência para os lageanos. Mas, você sabe como ela nasceu? Em que ano? Que foi seu idealizador? As respostas a estas perguntas podem ser encontradas nesta entrevista do escritor e colunista do Correio Lageano Névio S. Fernandes.

 - Quem foi o idealizador da Festa?
A realidade dos fatos, é que o introdutor intelectual dessa festa que está adquirindo tradição a cada ano que passa, é o saudoso Aracy Paim, que foi um misto de homem de tradicionalismo, comerciante e pessoa inteiramente dedicada à causa turística.
Mais tarde, Aracy Paim tornava-se um autêntico homem ligado ao movimento tradicionalista. Por alguns anos foi Patrão do CTG Planalto Lageano, promovendo bailes de São João e outras atrações gauchescas na Casa da Tradição do Parque de Exposições do Conta Dinheiro, que no seu dizer era o prosseguimento da Festa do Pinhão por ele idealizada.
Desta maneira, com todas as honras, cabe a Aracy Paim a feliz e genial ideia de ser o pioneiro da Festa do Pinhão.

- Em que ano isso aconteceu?
No ano de 1973, quando era Assessor de Turismo do Município, Aracy Paim resolveu instituir a festa, baseada na grande cultura lageana.

- Qual era a ideia inicial?
 A princípio, era sua ideia dar o nome de Festa do Pinheiro, quando até participei de reunião na prefeitura para tratar do assunto. De repente, Aracy ergueu a voz aos presentes e disse: "esta festa vai homenagear o pinhão", que aliás, no seu entender; trazia raízes de um legeanismo autêntico.
No mesmo ano, uma espécie de stand foi montado na Praça João Costa e ali durante alguns dias compareciam gaiteiros e cancioneiros de Lages e região, que movimentavam o ambiente de dia e à noite com seus vastos repertórios. Para variar, era realizada uma sapecada de pinhão no local e eram comercializados uma série de iguarias típicas da região.

- Como o senhor vê este contexto da Festa nos dias de hoje?
Algo do que muitos imaginam ou conhecem, com atrações do maior e elevado número de conjuntos artísticos, canções nativistas em sua Sapecada Nacional, comidas típicas, como motivos do pinhão, atrações nacionais e tudo o mais que caracteriza nossos costumes de povo campeiro e ligado às tradições gauchescas.
 Não fossem a fé e a esperança sempre renovada dos lageanos, o dinamismo e o espírito empreendedor daqueles que cultivam o pinheiro, não estaríamos hoje transformando a Festa do Pinhão num certame magnífico a mostrar aos que nos visitam a força dos que se propõem a fazer de Lages um centro dos mais expressivos do sul do País.

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