quinta-feira, 23 de abril de 2015

Bate-papo exclusivo com Luis Fernando Verissimo no II Salão do Livro

No sábado (18), os estudantes pertencentes a categoria Imprensa Teen da Maratona do Conhecimento Estudante Repórter, participaram de um bate-papo exclusivo no camarim com o escritor Luis Fernando Verissimo.
De 24 participantes da categoria, 10 educandos foram sorteados e tiveram a oportunidade de fazer perguntas ao autor.

O professor Carlos Eduardo Canani fez a mediação inicial, as demais perguntas ficaram por conta dos jovens, acompanhe.

Professor Carlos Eduardo Canani
Ao longo da sua produção, a gente acompanha vários gêneros textuais, como contos, mas, qual seria a razão pela preferência das crônicas, este gênero tão peculiar e que é o mesmo que os estudantes estarão trabalhando em sua produção?
Veríssimo: É você falou crônica é um gênero peculiar mesmo. Então, a gente aproveita essa liberdade, pelo fato de ser um gênero indefinido, para fazer o que quiser com ela, inventar uma história, comentar sobre política, futebol... Então é isso.
Estudante Luana Paes
É comum a gente ver jovens despertando para a leitura da literatura, por meio das crônicas. Para o Senhor, pode-se dizer que a crônica é um gênero mais jovem, mais atual, como ela se insere nessa geração tecnológica?
Veríssimo: eu acho que principalmente por ser uma leitura mais fácil, geralmente é um texto curto, o cronista se comunica de forma clara, diretamente, sem grandes profundidades vamos dizer assim. Então, acho que o que explica o interesse dos jovens é pelo fato de ser uma leitura rápida e fácil.
Estudante Karoline Kytabaiashi
Alguns artistas preservam rituais e exercícios antes de entrarem no palco e marcarem os corações de seus fãs. Queríamos saber se o senhor pratica algum hábito antes de escrever suas crônicas ou se tudo realmente flui naturalmente?
Veríssimo: Na verdade nunca flui. Às vezes a gente fica horas na frente da tela do computador buscando aquela inspiração, que nunca vem. Tem um amigo meu que diz que a inspiração é: 90% transpiração e 10% desodorante. Não dá para esperar a inspiração, confiar na inspiração. Cada autor tem uma maneira de esperar a inspiração, meu pai por exemplo, ele era escritor, Érico Veríssimo, ele desenhava antes de começar a escrever, desenhava os personagens do livro. E eu jogo muito paciência, enquanto não vem a ideia para a crônica eu fico jogando. As vezes a gente fica jogando e esquece de escrever né, mas cada um tem seu estilo.
 Estudante Marcelo Borges
Assim como o senhor, eu sou colorado. E como colorado, eu gostaria de saber o que você achou do retorno do nosso ídolo, Dunga?
Veríssimo: Olha, eu sempre fui um “Dunguista”. Sempre gostei muito do Dunga, do estilo de jogo dele, o que ele representava, um exemplo de empenho, dedicação. Com todos os sucessos do Dunga eu sou um “Dunguista”.
Estudante Luana Paes
Cinco palavras que definam tudo que fez para chegar até aqui?
Veríssimo: Cinco? (Risos) Eu não posso me queixar, porque eu tive uma carreira, vamos dizer assim, mais ou menos fácil. Eu comecei escrever em um jornal, e em pouco tempo tive já um espaço assinado para fazer à crônica, comecei assim com pequenos textos. Então, cinco palavras para descrever este caminho, minha carreira, vamos dizer assim: - Foi fácil! Uma palavra só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário