No Brasil a população negra e parda corresponde a 50,7% de
acordo com o Censo do IBGE de 2010. Mas, mesmo com este número, sabe-se que ainda
há discriminação, mesmo sendo uma afronta à Declaração dos Direitos Humanos que
adverte que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos”.
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil,
em 20 de novembro. Foi criado em 2003 e instituído em âmbito nacional mediante
a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, sendo considerado feriado em cerca
de mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato
Grosso e Rio de Janeiro por completo através de decretos estaduais. Este assunto
é trabalhado diariamente no ambiente escolar.
A gestora da EMEB Nossa Senhora da Penha, Saionara Campos, comenta
que o professor deve explorar o tema em sala de aula. “Sabemos em qualquer nível
de ensino onde o professor atua, deve trabalhar o tema para que possam mudar a
postura. O professor é um formador de opiniões, principalmente nas séries
iniciais e, com essa condição de trabalho, procura enfatizar a importância dos
temas transversais”, destaca. Nas escolas, o preconceito étnico-racial entre
estudantes ainda acontece. “Ocorre de uma forma velada, através de um olhar
maldoso e piadinhas. Na minha função como gestora procuro conversar com os meus
estudantes mostrando que somos diferentes, mas, a diferença deve nos
completar”, explica Saionara.
A data da consciência negra foi escolhida por coincidir com
o dia da morte em 1965 de "Zumbi dos Palmares", que foi o último dos
líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial.
Sendo assim, o dia procura remeter à resistência do negro contra a escravidão de
forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro,
que ocorreu em 1549.
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