quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Novidade! Coluna Educadores: Educados ou não?


A partir desta edição o informativo Lendo e Relendo contará com a colaboração de mais um profissional que atua na área da educação, especificamente, na formação continuada de educadores. Clécio Carlos Gomes é Psicólogo, especializado em Psicopatologia e em Terapia Sexual. É Professor para os cursos de graduação e pós-graduação, terapeuta virtual, escritor, autor de 04 livros e conferencista em eventos nacionais e internacionais.

No ano de 2012, em parceria com o Instituto, agraciou a comunidade de professores lageana, com um seminário para a conscientização dos profissionais em relação à necessidade de preparo frente aos novos desafios aplicados às políticas públicas educacionais. Além disso, enfatizou as novas demandas impostas pela sociedade ao papel e a responsabilidade do Professor.

A repercussão foi tão significativa, que a construção de um projeto visando à capacitação de todo o corpo docente da rede pública e privada, foi elaborado, visando o desenvolvimento dos envolvidos com a formação de crianças e jovens do nosso município.

Assim, motivados pela belíssima integração entre o profissional, com o grupo de educadores e a equipe do Lendo e Relendo, estamos fomentando essa coluna para que, juntamente com as ações de educação continuada, possamos construir um veículo de eficácia e de resolutividade. Que todos sejam muito bem vindos a participarem desse empreendimento. 

Do Profissional

Clécio Carlos Gomes (CRP 12/01350) é bacharel em Psicopatologia, especializado em Psicopatologia, Psicologia Clínica e em Terapia Sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH). Foi aluno especial do curso de Mestrado em Ciências Médicas (UFSC).

Tem 19 anos de experiência em clínica, com enfoque no tratamento dos comportamentos e dos transtornos sexuais. Professor universitário para os cursos de graduação e pós-graduação na área da Psicologia. Escritor e conferencista em nível nacional e internacional.

Você pode conferir esta e outras informações no informativo do Lendo e Relendo que saiu hoje encartado no Correio Lageano. Confira!  



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Férias, o que os estudantes estão fazendo!



Oii meu nome é Luiza Maria Ragnini de Sá tenho 9 anos de idade. Vou contar para vocês um pouquinho das minhas férias! 
As férias é uma maneira das crianças descansarem, mas, mesmo assim devem estudar todos os dias para não esquecer os seus conhecimentos! Mas, é claro que pode brincar e se divertir com seus amigos!
Bom o que eu mais gosto de fazer nas férias é: ir à piscina, me divertir com os amigos e, é claro ler o LENDO E RELENDO!
Nas FÉRIAS pretendo fazer: um piquenique, comer um sorvetão, mas, sem exagero, é claro! Etc...  
Quem passa as férias comigo são: meu pai Gilberto Borges de Sá, minha mãe Giedre Terezinha Ragnini, meu irmão Sandino, que se formou em dezembro, e toda a minha família!
Acho que a maioria das crianças da minha cidade vai para a praia com os pais! Bom esse foi o meu palpite! Beijos...
Até a Próxima!



 “Eu gosto de andar de bicicleta, brincar de esconde-esconde, passear  e brincar com meus amigos. Também gosto de tomar sorvete, comer e ir à casa dos meus amigos para brincar de correr!!!”
Bruno Roters, 10 anos.
 




“Eu fui viajar, li livros, entrei no facebook e eu vou ficar um pouco das minhas férias em São José do Cerrito, lá é onde moram as minhas duas avós. O importante é curtir a vida!”
Jéssica Canani de Liz, 12 anos.



“Sempre gostei das férias gosto de brincar com os meus amigos tomar banho de mar e ler alguns livros também gosto de ter um tempinho para rever meus colegas da escola, fiz coisas bem diferentes, por exemplo, hoje acordei as 05h da manhã para andar de bike com o meu amigo e ver o nascer do sol, foi lindo e gostei muito”.
Diogo Macedo Amaral, 10 anos

 
'' Férias '' Uma palavra que eu adoro. Nas Férias eu posso fazer tudo que der vontade como, por exemplo: Andar de bike, cantar, brincar, em fim tudo!!! Nessas férias eu estou na praia e está muito divertido! Gosto de sentir a areia entre os dedos, o mar sobre o meu pé e o sol no meu rosto. Essas férias ainda vão ser muito divertidas apesar de já estar sendo. Bju da Manu
Manuela Carvalho Cordova, 10 anos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Reflexões para os Anos que se Repetem

 Clécio Carlos Gomes

Muito mais do que um ano que termina, ou, o subsequente que se inicia, o momento deve servir para se pensar sobre a real felicidade vivenciada e a responsabilidade que compete a cada um de nós. A finalidade desse artigo não é alimentar uma postura piegas e discursiva, que fala sobre o bem de todos, as necessidades relacionadas às relações saudáveis, sentimentos nobres e evoluídos. Não questiono, de forma alguma, as intenções aplicadas a esses corriqueiros procedimentos manifestos nos meios de comunicação e nas redes sociais. Entretanto, infelizmente, meu atual estágio evolutivo refere-me a um encarnado parco e repleto de limitações, com uma visão limitada e de sentimentos insuficientes para compreender e, com certeza, fixar-me em pontos específicos que não comprazem às confraternizações mundiais de final de ano e nem de falatórios floreados a cerca das belezas e das possibilidades humanas. O que tenho condições para ofertar nesse momento, é apenas a minha análise sobre os fatos ocorridos a minha volta, pela convivência social, e pela observação dos noticiários declamados e publicados nas mídias. Sou restrito, sei disso, e limitado, mas, com todo meu amor, é que entrego aos olhos de cada um, aquilo que agora tenho a capacidade para produzir.

Gostaria muito de nesse momento explodir em alegria e sair saltitante festejando como todos os meus irmãos, as reais conquistas de igualdades entre os homens. Mas não é isso que me motiva, nem mesmo essa atitude que realizarei. Bruto, ou como diria uma amada amiga, tendo o coração peludo, não consigo encontrar razões para participar desses festejos. Aprendi nessa caminhada encarnatória, que saúde mental se delimita pela coerência entre o que se pensa e o que se faz, minimizando ou erradicando fantasias e hipocrisias, por mais penosa que possa vir a ser essa opção. Passei trezentos e sessenta e cinco dias desse ano, ouvindo queixas de diferentes pessoas, em situações que se opunham, em cidades e espaços geográficos alternados. Ou seja, não existe um fato isolado. Muitas pessoas apontando aos seus próximos a culpa sobre eventuais dificuldades e problemas vividos, sempre com a característica de esquiva de seus atos sobre as dificuldades surgidas. Oportunismos se fizeram presentes, entoados por uma conveniência sólida e determinante para conduzir a melhor maneira para exercer e experimentar os sentimentos. Não poderia deixar de falar da comodidade, da preguiça e do ardente desejo para que ocorrências mágicas invadissem a vida de muitos e as transformassem em um verdadeiro conto de fadas.

Convivi com seres assumidamente religiosos, estando regularmente presentes às formalizações de suas seitas e filosofias. Cantando com louvor, orando com ardor, e numa percentagem interessante, relaxando do cansaço do dia a dia, ou atendo-se as tendências da moda nos encontros eclesiásticos vivenciados. Pude estar com muitas pessoas que falavam de Deus e, surpreendentemente, declamavam trechos dos livros com precisão e propriedade. O choque era poder ter a contrapartida, e assim ser sabedor de que a prática rotineira de muitos desses homens e mulheres, em seus lares, no trabalho ou na sociedade em geral, era tomada de um antagonismo ridículo e de uma dinâmica social paradoxal, até mesmo meio psicótica. Minha pequenez se assombra ao ver alguém falando de amor e ao mesmo tempo gritando. Clamando a fraternidade e, negando-se estender suas mãos. Ditando sobre humildade e arrogando-se de seus princípios e de seus pontos de vista, como se esses fossem maiores e melhores do que os demais. Inflamados pelas prerrogativas da evolução e da igualdade e marginalizando os diferentes e a grande massa quase absoluta de errantes que circulam a sua volta. 

Testemunhei, igualmente, mentira, omissões e traições. Um exercício pleno, presente na rotina de muitas indivíduos, ao lado, distantes e, até mesmo dentro do ciclo consanguíneo. Racionalizações, mecanismos de defesa usados em defesa de um ego desconhecido e centrado em suas ignorâncias e desarmonias. Prometer e não cumprir é uma mentira. Chupar a bala e não pagá-la, colocando o papel no bolso, é um furto. Esses e outros, considerados pequenos pensamentos e atitudes, proliferando-se como algo corriqueiro e normal dentro dos valores humanos. Talvez, apenas eu deva ter tido essas convivências, não sei. Estou procurando me centrar no que vivi, abster-me de julgamentos e reduzir ao máximo as generalizações e pré-concepções. Estou simplesmente me permitindo ater-me ao que vi, senti e assim trocar com vocês.

Não menos desagradável e relevante, foram os fatos sociais que estiveram presentes na mídia ao longo dos meses. Vi pessoas ainda passando fome e clamando por qualquer tipo de coisa para colocar na boca, fazendo de conta que se nutrem. Enxerguei irmãos, humanos, assassinando e serem assassinados. Constatei guerras agressivas e intolerantes. Pude perceber as discriminações e diferenciações, onde os que tem o poder se sobressaem em detrimento dos que menos condições possuem. Verifiquei a exploração dos fortes pelos fracos. Uma natureza deteriorada, rações dos mares e dos ventos, reativas aos crimes ambientais provocados sem nenhum tipo de pudor pela vida parceira. Interesses e ambições econômico-financeiras, tirando dos que menos têm, aumentando aos que de maiores aquisições vivem, distanciando cada vez mais tudo o que deveria ser aproximado e interligado. 

A televisão, os jornais e a mídia eletrônica me contou sobre corrupção e os gastos irracionais com eleições, a copa do mundo e as olimpíadas. Ao mesmo tempo falavam sobre a falta de leitos nos hospitais e de policiais nas ruas. Fiquei sabendo de deputados ganhando uma infinidade de honorários, inalcançável por professores ou qualquer outro cidadão que exerça sua responsabilidade social e não percebe sua valorização frente ao desenvolvimento social. Tráfego de crianças para a exploração sexual. Espancamentos de mulheres e de menores. As drogas tomando conta das ruas, de maneira epidêmica, corrompendo as relações afetivas e as possibilidades de construção coletiva. Países vizinhos se digladiando como jovens imaturos que, mimadamente, desejam um novo brinquedinho ou uma saidinha para a balada. Discussões inescrupulosas e sem nenhum tipo de resultado sobre a coisa alguma, levando somente à discórdia, à ira e à reatividade. Enfim, essas foram algumas das cenas reproduzidas ao longo desse ano, repetidas dos anos anteriores e com certeza legadas aos próximos anos que virão. 

Mesmo diante dessa realidade, há uma manifestação universal de todos, o anseio para um mundo melhor e uma vida com mais dignidade e felicidade. Perfeito! Porém, absolutamente miserável e sem noção. Não existirá essa conquista, perpetuando essas posturas. Não precisa ser vidente, jogar búzios, ser médium ou seguir qualquer outro tipo de mística para chegar a essa resultante matemática. A semeadura é livre, mas, a colheita é obrigatória. Todo corpo que tem uma ação, provoca uma reação. Duas simples frases, uma de conotação religiosa e outra acadêmica, que comprovam a afirmação acima. Milagres não existem, apenas merecimento. Humildemente, sou da opinião que a humanidade precisa adotar uma prática diferenciada, parar de pensar, sair do foco obsessivo, generalizar e ampliar. Estar aberta ao diferente, respeitar as diferenças e assim orquestrar, definitivamente, a direção para que a caminhada prossiga com exatidão, prazer e qualidade. 

Não é suficiente rezar ou frequentar as reuniões formais. É preciso sentir para viver, verdadeiramente, o que se teoriza, teme-se e ambiciona-se para conquistas pessoais futuras. È preciso, além de se olhar para fora, voltar-se para o interior, reconhecendo limitações e dissabores e o quanto isso influencia na própria rotina e na dos que estão à volta. Conhecer e criar saberes é fundamental, pois só assim à tão almejada consciência será conquistada. Mais do que isso, precisa-se amar verdadeiramente, acolhendo com vontade e reconhecendo a precisão do outro. É necessário alar de humildade, declinando-se, sem desqualificações. Ensinar sobre o egoísmo, afastando-se da soberania própria que nos é peculiar.

Dissertar sobre a fraternidade, abrindo de fato os braços para quem precisa, sem julgar nem mesmo avaliar, sem ter a expectativa da reciprocidade. É ser um agente direto do meio social, cobrando e lutando para que as iniquidades e os crimes contra a humanidade de fato não se concretizem. É fazer tudo isso dentro da nossa família, primeira e maior célula dessa sociedade e expandir-se para núcleos maiores de ação. Estar no novo é abri-se para transformar o velho que nos habita. Só assim, de fato, passaremos a indispensável era de transformações que nosso planeta e nossa individualidade solicitam. A redenção, gritada em verso e prosa, não será obtida se cada um de nós, partes desse grande todo, não nos dispusermos a cumprirmos a nossa missão, fazermos a nossa parte, e termos a efetiva noção de que somos partes ativas para a construção de um mundo melhor. O primeiro mundo a ser alterado, é nosso interior, só assim conseguiremos ofertar alguma coisa a alguém. Nenhum outro fará isso por nós, é uma tarefa intransferível. 

Peço meu mais sincero e profundo perdão por pensar e sentir assim. Não intenciono chocar e nem desdizer nada. Unicamente, proponho um novo pensar, uma nova postura ... acredito que, em síntese, desejo a todos nessa virada, somente uma verdade verdadeira. Uma busca de fato edificante, uma compreensão exígua de tudo aquilo que vários descendentes nos ensinaram. Um sentir sem profanações e nem disfarces, apenas o reconhecimento lógico, absoluto, isento da precisão de comprovações científicas e de páginas incalculáveis a cerca de tudo aquilo que precisamos e, de forma tão simples, pode ser efetivado, modificando na raiz a própria vida e a de muitos que nos acompanham. 

Que Deus abençoe a cada um, iluminando seus passos, suas mentes e corações, hoje e sempre. 
 
Clécio Carlos GomesCRP 12/01350 
Psicólogo especializado em Psicopatologia, Psicologia Clínica e 
Terapia Sexual (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana - SBRASH).